- ATENÇÃO -
"O texto não por intenção lançar uma versão definitiva sobre o assunto, ofender ou ir contra qualquer outra versão desse conhecimento já existente, pelo contrário, a intenção é agregar conhecimento com base no que já existente na esperança da partilha e fortalecimento da egregora mágica. Agradeço a todos a atenção, espero que a leitura desse texto embora simples, possa lhe ser útil de alguma forma. Você está lendo um texto de Jünnýperos, que humildemente lhes agradece desde já, a leitura. "
Você sabe o que quer. Você tem um desejo.
A boa notícia é que o feito de seu desejo pode ser realizado e provavelmente já exista, em alguma forma, mesmo que decomposta e você pode obtê-lo. Tudo no universo está em algum momento de seu fluxo existencial. Tudo que existiu, existe e existirá está preso a esse ciclo, incluso você. Boa parte dessas coisas, em algum momento foram apenas idéias, e passaram por diversas etapas até vir a existência. Você próprio, pode inclusive, em alguma escala, replicar o processo, aprender com ele, destruí-lo e recriá-lo até atingir a perfeição.
Você deve estar imaginando: "não é esse o processo de tentativa e erro, necessário ao aprendizado e concretização?" Sim, é. E muitos podem realizar, Mas não o fazem por se iludir com o "sucesso automático, imediato, sem falhas ou erros" propagado pela mídia imediatista e que vive de gazeta. Mas, a autenticidade é obtida com esforço, luta, tentativa, erros e acertos, e claro, até ousadia você pode realizar o seu intento, o que pode ser um feitiço ou uma ferramenta mágica por exemplo, que podemos chamar como desejo, ou espectro de um desejo... Mas de onde vem a energia que se realiza e se condensa em realidade?
As origens podem ser naturais ou sobrenaturais.
Entre as naturais estão as origens o macrocosmo, o microcosmo e o resultado de uma mescla dos dois. Entre as sobrenaturais estão as externa e a interna, e dentro da externa, superior e inferior, e o mesmo se aplica a interna, superior e inferior e ainda uma resultante da mescla de todos juntos, incluído naturais e sobrenaturais.
Longe de querer esboçar uma cabala rudimentar, podemos dizer o que é o caminho do espectro, que segue não inflexivelmente a sequência:
• Compreensão
• Absorção
• Decomposição
• Idealização
• Externação
• Recomposição
• Materialização
• Aplicação
• Resultado
Compreensão
A compreensão confronta a forma bruta ou primal do espectro ainda em forma de questão, concebida até de forma precipitada: a resposta certa não se obtém, por estarmos fazendo a questão de forma errada. Sendo assim, é necessário fazer a pergunta de forma correta, ou não se chegará a resposta desejada. É possível fazer a questão correta tendo um vislumbre do que se quer questionar, compreender, ou até mesmo desejar. De todas as etapas místicas essa é provavelmente a mais longa e mais difícil, pois nos deparamos com áreas muitas vezes desconhecidas. Para compreender é necessário estudo, análise, pesquisa, interação, erros, descobertas, aprimoramentos e simplificações e muitos outros procedimentos.
Absorção
A absorção ocorre automaticamente quando as questões são resolvidas através da compreensão. Tendo uma vez compreendido todo o esquema da questão em si, sua estrutura intrínseca, sua matéria constituinte, sua fenomenologia, seu local no cosmos, então o espectro é por fim absorvido, e sua compreensão é sua resposta ao questionamento inicial.
Decomposição
Como uma escultura feita de blocos de montar, ou um raio de luz se fracionando por um prisma, a questão já compreendida é absorvida e decomposta, desmontada para assim compreender como suas peças se ligam, seu potencial, suas limitações e até mesmo como superá-las ou burlá-las.
Idealização
Com o espectro agora decomposto, se possui um novo recurso, com potenciais próprios e também suas limitações. Com isso, através de raciocínio imaginativo se adentra a área da especulação e experimentação, onde as novas formas são idealizadas, visto que agora há uma compreensão melhor do espectro, da questão, do desejo, onde é possível vislumbrar suas limitações: o que definitivamente não é possível resultar dele, mas também as novas possibilidades, formas de recompor o espectro numa nova forma, nunca imaginada antes.
Recomposição
Finalmente com o espectro da questão decomposta como cores numa paleta, blocos de montar de diferentes formas, letras num alfabeto, notas musicais numa escala ou qualquer outra das milhares de analogias imagináveis e até mesmo literais, é traçado um novo esquema para dar forma a matéria decomposta em suas mãos: um esquema que trará algo completamente novo a existência.
Materialização
Átomo por átomo, bloco por bloco, ingrediente por ingrediente, ou até ideia por ideia, replique e crie novos ingredientes combinando-os entre si, aproveite-se dos resultados bons e inesperados, destrua os inúteis, retendo-os apenas como ensinamento para que se saiba que erros evitar. A materialização surge através da experimentação: acerto e erro. Em especial numa empreitada sem precedentes ou por uma via inexplorada. Você obterá seu protótipo conceitual.
Aplicação
Por fim, é posto em teste a aplicação do novo elemento, com a somatória de suas novas características e atributos, resultantes de seu ofício e aptidão artística, o novo espectro será resultante disso, e sua aplicação mostrará o quanto escolheu os elementos corretos para a construção final. O uso, em teste, é extremamente importante, pois com ele se avalia verdadeiramente em plano e tempo real se o elemento “opus” criado corresponde a sua expectativa e finalmente entrará para o cânone.
O mais provável é que ele não atenda, mesmo depois de tanto esforço, erros e reinícios, que o resultado final não atenda as expectativas inicialmente, pois isso equivaleria a um acerto crítico, algo difícil de se conseguir. Mas caso este não atenda, talvez seja hora de reavaliar a matéria bruta inicial constituinte para trocas e substituições, seja por um espectro de natureza superior, mais nobre ou até mesmo de natureza totalmente diferente.
Ao se atingir após uma sequência de repetições, quantas vezes forem necessárias, se obtém o espectro perfeito: o “Magnum opus” (a obra máxima), onde o material resultante supera a matéria que o constitui.
Espero que o texto lhe tenha sido útil de alguma forma. Grato pela leitura.
ATENÇÃO: Este texto foi escrito pelo Junnýperos Cordeiro que gentilmente deu a sua permissão para reproduzi-lo aqui na Axioma.
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